Motivar cristãos a orar? Parece estranho, não é? Entre todas as pessoas que não precisariam de motivação para orar, os cristãos não precisariam. Contudo, por várias razões, precisamos ser motivados a orar mais freqüentemente e mais fervorosamente. Há várias passagens que ajudarão a encorajar-nos a orar melhor, cada uma delas com a sua própria instrução. Contudo, para mim uma passagem sobressai – 1 Timóteo 2:1-7: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda a piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.”
Devido a ambientes, tempo e lugar, as pessoas se acham em várias circunstâncias. Não somente são pessoas diferentes umas das outras, até mesmo as circunstâncias na vida de uma pessoa podem mudar, algumas vezes drasticamente. Ambos estes fatos pedem vários tipos de orações. Paulo alista três tipos de orações em sua breve instrução a Timóteo (2:1). Súplicas são petições específicas a Deus pelas suas próprias necessidades. Conquantodevamos guardar-nos contra orar egoistamente (Tiago 4:3), é certo pedirmos por nossas legítimas necessidades e desejos. Intercessões são orações a Deus pelas necessidades de outros. As aplicações das intercessões por outros são incontáveis, e muitas delas mencionamos freqüentemente. Isto nos ajuda também a olhar além de nós mesmos e focalizar em outros. Ações de graças são, naturalmente, dar graças a Deus pelas bênçãos recebidas dele. É vergonhoso ser ingrato (Lucas 17:17-18; Colossenses 3:15). Contudo, isto inclui ações de graças “por todos os homens” – irmãos, família, amigos e igualmente inimigos. Qualquer destes pode ser um desafio para a vida fiel de tempos em tempos, por isso precisamos ser cuidadosos. Há tanto em nossas próprias vidas e nas vidas de outros pelo que orar que precisamos estar ativos! Já comentamos brevemente sobre várias circunstâncias que deverão motivarnos a orar. Agora, passamos a várias pessoas que precisam de nossas orações. Paulo especifica duas: reis e todos aqueles que têm autoridade (2:2).Podemos entender facilmente isto considerando o peso das responsabilidades que acompanham tais posições. Também é interessante notar que isto foi escrito durante o tempo do cruel e depravado governante Nero. Se Paulo instruiu os cristãos a orar por alguém como ele, certamente podemos orar por nossos chefes civis hoje! Paulo precedeu isto, porém, com “em favor de todos os homens”. É fácil orar por aqueles que são bons para nós (Mateus 5:46-47). Paulo não pára aqui. Orar por “todos os homens” incluirá tais pessoas como parentes rabugentos e irritadiços, vizinhos antipáticos ou patrões abusadores. Deverá incluir até aquele cristão fraco sentado do lado de lá, ou aquele irmão maçante que nos amofina constantemente. Deverá incluir até aquele colega de trabalho que insiste em “nos cutucar” até que percamos a paciência. Como vemos, irmãos e irmãs, quando realmente paramos para pensar nisso, há tantas pessoas pelas quais deveríamos orar, começando por nós mesmos. Temos tanto que orar, não é mesmo?
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